sábado, 28 de maio de 2011

Telecine formou meu caráter


Título auto explicativo. Estes são 3 dos melhores filmes que vi, 3 dos que eu mais recomendo.

C.R.A.Z.Y

Esse filme é a prova viva de que se a expectativa é a mãe da decepção, a falta de expectativa pode trazer a melhor das surpresas (e alguma superestimação, talvez). C.R.A.Z.Y é um anagrama do nome dos personagens, os irmãos Christian, Raymond, Antoine, Zach e Yvan. A história é basicamente focada nas relações entre o pai e os irmãos, em especial Zach, gay em uma família de valores cristãos da década de 60. Se contar mais conto tudo, mas recomendo. Nota 8,5  

Boogie Nights

Mais uma vez, na contramão das expectativas. Boogie Nights é sobre a trajetória de um astro pornô da década de 70 e, justamente por isso, tinha tudo para ser caricato ou até mesmo vulgar. O eixo da trama são os prós e os contras de uma carreira construída de forma tão meteórica, mostrada desde um início de glória até a derrocada do protagonista Dirk Diggler (Mark Wahlberg).  Nota 8
Imperdível: última cena rsrsrsrsrs (aguarde e confie)

Elefante

Lembra de “Tiros em Columbine”? Elefante é, de certa forma, a versão fictícia hollywoodiana para o massacre documentado por Michael Moore. A sinopse você já conhece, o diferencial aqui é o modo como o desenrolar da trama é feito. A partir de diferentes ângulos, a narrativa mostra o cotidiano dos alunos na escola, individualmente, para só assim dar uma visão amplificada dos conflitos, todos eles entrelaçados. Nota 8

sábado, 14 de maio de 2011

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Já fui muito condenada por acreditar em horóscopo. Tive a inteligência subestimada e ouvi comentários do tipo “ah, não acredito que você confia nisso”. Típico de gente que confunde astrologia com charlatanismo. Gente que ME acha ignorante. Enfim.
Na vida a gente convive com todos os tipos de pessoas e é meu feeling de canceriana que me permite percebê-las logo de cara, nas menores sutilezas. A idéia deste post vem daí: do convívio, da observação.

Áries – homens arianos me atraem por um motivo que eu ainda não soube explicar. No geral, são pessoas com as quais me dou bem, mesmo que me exija muito tato por causa do gênio forte.

Touro – a maioria das minhas amigas é taurina. São muito leais, um amigo taurino é aquele que você vai levar pra vida toda. Mas há de se saber lidar com a possessão que muitas vezes pode se tornar avareza.

Gêmeos – não curto muito. Dos que conheci, nunca soube se gostavam de mim de verdade. Ora te tratam bem, ora é só patada. De inconstante já basta o meu humor.

Câncer – reconheço um semelhante de olhos fechados. É choro, é sofrimento, é emoção. Tudo muito, tudo em excesso. Nunca fui próxima de cancerianos, talvez por ter sido repelida. 

Leão – adoro leoninos. Em todas as fases da vida, tive uma grande amiga leonina. Eu tenho grande admiração por leoninos por serem exatamente aquilo que não sou: criativa, exuberante, autoconfiante. S2 pra vocês.

Virgem – não conheço muitos virginianos, mas gosto de todos que conheço. Eles têm um certo egoísmo disfarçado, mas nada que abale a amizade.

Libra – nunca tive muita paciência, hoje em dia convivo melhor. A balança é realmente uma boa metáfora: são equilibrados diplomáticos. O que dificulta mesmo é a inconstância.

Escorpião – 1 palavra? AMOR. Os escorpianos, em geral, são temidos pelos demais signos por serem vistos como vingativos e cruéis. Mas eu os amo. Conheço muitos e gosto de todos. É uma questão de empatia, de gostar de graça. Vocês estão aqui ó <3

Sagitário – uma gente muito maluca, de verdade, e em certo ponto até difícil de lidar. Mas basta compreendê-los que se tornam uns amores.

Capricórnio – puxado. Puxado demais. Os capricornianos representam tudo o que eu menos gosto em mim: são rancorosos, vingativos, pessimistas, inflexíveis. Talvez seja esse meu problema com eles. Eu me vejo neles (meu ascendente é capricórnio). Eu tenho que fazer uma força enorme pra convivência ficar no mínimo amistosa. E não passa disso.

Aquário – aquarianos me divertem. A loucura, a mente insana, gosto muito disso neles. São grandes companheiros, mas prezam sempre pela liberdade individual. Admiro.

Peixes – não fede nem cheira. São serenos, são calmos, mas são também fantasiosos e muito facilmente impressionáveis. Me parecem ser muito escorregadios, não me passam muita verdade.

Um adendo final:
O que eu fiz foram apenas generalizações. Amigo capricorniano, geminiano, canceriano e pisciano, por favor, não se ofenda.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Adeus.

          Foi bom enquanto durou, juro que foi. Não guardo mágoa, não guardo ressentimento, o que é um grande avanço pra pessoa rancorosa que sou e sempre vou ser. Das coisas que eu vivi aqui, só vai restar mesmo a saudade. Saudade do meu quartinho apertado, das velhinhas simpáticas e das balas de tamarindo.  

           Adeus Rio de Janeiro. Adeus Humaitá e sua vizinhança tão prestigiosa. E adeus, é claro, meus queridos ex futuros colegas de profissão. A vida é dura, a caminhada é longa, mas vocês são brilhantes – eu sei que são. Toda sorte do mundo pra vocês.

domingo, 1 de maio de 2011

Será que fraquejei?

Eu não corro riscos. Eu não “me jogo”. Eu sempre fiz tudo dentro dos eixos, fui a filha exemplar e tirei boas notas (defina boas notas). Talvez metódica não seja a palavra que mais me defina, mas de certa forma, eu sempre tive a vida toda programada. Na minha cabeça, tava tudo lá - e eu estava indo bem. Estava.

Mas o que que a vida fez com a minha vida? Será que sempre esteve lá e eu que não consiguia ver? Será que eu sabia que estava lá e não quis ver? Talvez sim. Eu achava que meu auto controle me faria engolir alguns (ou muitos) sapos ao longo da vida sem reclamar. Ou melhor, sem externar. Porque no fundo, no meu inconsciente, talvez, eu sabia que não ia dar certo. Eu sabia que a escolha aparentemente certa não era a verdadeiramente certa. A vida me aprontou uma trick question e eu caí mesmo ciente da pegadinha.
               
Maior ainda qua a cegueira seletiva, só o meu orgulho. E ogulho no pior sentido da palavra. Meu grande defeito, o maior, acho. Orgulho esse que me paralisa quando o que eu mais preciso é abaixar a cabeça e admitir o erro. Eu sei que não é fácil pra ninguém, voltar atrás. Mas pra mim é ainda pior, é desconcertante, é uma sensação de fracasso irremediável. Logo eu que falo com tanto *orgulho* das minhas certezas, das minhas convicções - não é tarefa das mais simples admitir momentos de volubilidade. É isso que as pessoas me cobram, é essa a expectativa que tem em relação a mim. “Ah, a Thaís é uma menina tão decida”. Como é difícil decepcionar quem a gente ama. Mãe, me desculpa, mas acho que fraquejei.

Eu nunca tinha feito nada sem pensar milhões de vezes a respeito. E acho que chegou a hora. Posso me arrepender? Posso. Mas, do fundo do coração, acho que não vou. Eu já cansei de fazer as escolhas certas que acabam não sendo as melhores escolhas. Antes um fracasso momentâneo que uma vida fracassada.