quinta-feira, 13 de outubro de 2011

domingo, 9 de outubro de 2011

Fazer valer a pena

Às vezes a gente acha que já viu, que já conhece. Mas sempre tem aquela coisa do look closer. Incrível como as diferentes circunstâncias da vida mudam o olhar que temos sobre o (des)conhecido.
Ontem vi Titanic pela milésima vez e não me lembro de ter me impressionado tanto. É como eu falei no twitter, ultra mega hype em cima do filme, mas não tirem o mérito dele, Titanic é mesmo muito bom. A megalomania de Cameron – que aqui funcionou muito bem – deu a Titanic ares de superprodução, mas a história que todos nós já conhecemos é relativamente simples: aquele maravilhoso clichê do amor proibido.   
Dessa vez, particularmente, foi bonito para mim ver a subversão de papéis. Rose ali, completamente entregue, enfrentando todas as convenções sociais, o noivo despótico e o mundo em que foi criada. Rose simplesmente se deixou levar. Ontem, Rose me ensinou bastante.


Rose: It's not up to you to save me, Jack.
Jack: You're right... Only you can do that.  

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

“Você é brasileira? Samba aí pra mim.”

Não houve quem fizesse parte do mundo das interwebs que não tenha ficado sabendo, ao menos por alto, do imbróglio envolvendo Gisele Bündchen. Gi, a campanha da Hope, a Ministra Iriny Lopes. Sabe? Então.
Não sei se por influência das aulas de feminismo que tenho tido recentemente, talvez sim, mas esse caso entre tantos outros comentados no twitter particularmente me chamou atenção. E não apenas pelo conteúdo sexista (sexista, SIM!), mas principalmente pelo contorno que as já esperadas discussões têm tomado. Pouco me agradou, por exemplo, o enfoque que parte da imprensa deu ao caso, tratando o pedido da Ministra como um ataque pessoal à (beleza de) Gi. A insinuação de que há uma batalha barangas X gostosas é, no mínimo, muito perigosa. Além de burra.
Fora a lenha na fogueira midiática, me preocupa também ver mulheres atacando mulheres que, por sua vez, atacaram a propaganda (Inception?).  Muitos dos comentários femininos que li no blog da Lola criticam sua postura de permanecer contra a veiculação propaganda. Mas será que elas não veem que estão dando um tiro no pé? O estereótipo de erotização exacerbada feminina e, principalmente brasileira (já chegaremos nesse ponto), atinge a todas nós, em igualdade. E onde estão os argumentos? Tudo o que li foi inveja, inveja, inveja. O debate tem sido até certo ponto, saudável, mas, por favor, tenhamos argumentos.  O “você tem é inveja” é, por excelência, a desculpa dos preguiçosos (posso usar esse eufemismo fofo?)

“Você é brasileira, use seu charme”           

Está claro, ao menos para mim, que a Hope presta um desserviço a nós, mulheres brasileiras, mundialmente conhecidas por nossas curvas sinuosas, quando veicula uma propaganda de alcance das massas que só reforça um estereótipo tão difundido. Posso citar n casos de mulheres brasileiras que já sofreram com o peso do preconceito no exterior. Casos em que a vítima fui eu, inclusive.
Vejam bem, não estou de forma alguma negando a volúpia que nos é característica. O que não pode ser feito é reduzir a brasileira à figura da gostosona – somos muito mais do que isso. E é aí que entra Gisele. Ativista, engajada com a causa do meio ambiente, inclusive, mas que se prestou a um papel que nos diminuiu. Precisava, Gi? Isso sem contar a propaganda da SKY, essa nem proibida, mas isso já é assunto para outro post.

Obs: o título do post é a reprodução de uma fala que ouvi quando fiz intercâmbio. Tinha 15 anos. Estava em sala de aula. 

sábado, 1 de outubro de 2011

Sobre o nome do blog

              Essa coisa de fugir das obviedades. Eu, quando fujo, acabo assim, me sentindo ridícula. Ridícula sim, mas ao menos fiel às minhas raízes. Toddy geladinho, para mim, é conforto. Me lembra da infância, de quando mamãe me colocava para dormir e me acordava com um beijo de bom dia. A cama quentinha, o toddy gelado, ah, que saudade! E esse blog surgiu pra isso, pra ser a minha zona de conforto. Aqui eu me permito ser eu e nada mais. 

domingo, 12 de junho de 2011

Twitter

Esse universo pararelo chamado twitter. Eu gosto do twitter porque me permite dizer o que eu quero. Ainda que haja um auto-policiamento, é claro, porque sei que tenho parente que lê o que eu escrevo por lá e por aqui também. Eu gosto do twitter porque me permite ser quem eu sou sem restrições. Houve quem me lesse e dissesse: “não estou te reconhecendo”. Pensei à época: não está me reconhecendo ou está me conhecendo?

Nunca me adequei a esse universo ~ sou lindo-rico-tiro-fotos-na-balada-posto-frases-de-Clarice ~ que por anos foi do orkut e hoje, pelo visto, pertence ao facebook. E o movimento do twitter acaba indo na contramão de toda essa cultura de parecer ter uma vida perfeita. O objetivo – ser fodão na net – acaba no fim sendo o mesmo em qualquer que seja a rede social, mas os meios pelos quais o fazemos é o que faz a grande diferença.

O twitter me dá hoje a liberdade e, talvez, com algum otimismo, a visibilidade que o orkut e o facebook nunca me dariam. Esse blog, por exemplo, só existe por causa dele. É mais confortável ser quem você é (e não quem você gostaria que fosse) em um lugar em que todo mundo age assim também. A etiqueta do twitter funciona tão bem justamente por cobrar apenas naturalidade. Um constrangimentozinho daquele seu twit quase obsceno sendo visto na timeline alheia é rapidamente ofuscado pelos desejos mais obscuros de milhares de outros sendo expostos ali, à distância de um click.

Não acho que a geração facebook/orkut vai se perder e muito menos se descaracterizar. Mas os pilares que sustentam esse pensamento são tão frouxos que podem ser derrubados pelo mais simples argumento: quem tem a vida maravilhosa está preocupado em vivê-la, não em passar o dia contando vantagem na internet.

sábado, 11 de junho de 2011

Meu top10

           No maior estilo *princesa Mia Thermopolis* (só pra quem já leu O Diário da Princesa) resolvi fazer essa listinha.
A People fez uma lista recente (não tão recente assim, na verdade) das 10 pessoas mais bonitas do mundo (homens e mulheres). Aí nego ficou indignado com os vencedores e eu fiquei tipo ok, porque como eu disse no twitter, eles perderam a credibilidade quando Ryan bananão Reynols venceu na categoria mais sexy deste ano.
Segue abaixo então a MINHA lista, com os 10 mais sexies (“alive”) do mundo. Vamos aos vencedores:

10. Vincent Cassel – merece menção honrosa só pelo fato de ser o único homem no mundo que consegue falar francês e ainda assim passar masculinidade. Natalie Portman, fia, eu sei que você se aproveitou, não tente me enganar.
9. Hugh Laurie – eu relutei muito pra achar o Doc House sexy porque a imagem que tinha dele era a do Gaspar de 101 Dálmatas (taí a prova de que memória de canceriana às vezes não me faz tão bem). Mas, olha, me rendo. O rei da TV americana, imbatível.
 
8. John Mayer – seria perfeito se não fosse tão babaca. Nunca fui daquelas que se derretem por homem que toca violão, mas taí Mayer quebrando mais um paradigma. Impossível não colocá-lo na lista.

7. Benicio del Toro – nem tendo interpretado Che no cinema me fez perder o tesão. Troféu cara de pervertido sexual (ao lado de Rick Bonadio)

6. Johnny Depp – em outros tempos, talvez Johnny encabeçasse esta lista. Mas mesmo em 6º, tá aí representando a classe dos bad boy lifestile (assim como outro vencedor que veremos adiante). Mesmo casado, com filhos e quase cinquentão, Johnny ainda tem aquele charme descompromissado, que quanto mais rejeita o ideal de galã de cinema, mais se aproxima dele.

5. Joaquin Phoenix – eu já li em algum blog que Joaquin é o irmão feio do River. Blasfêmia é pouco. Pra quem não conhece, apenas que assista Johnny and June. Sem mais.  

4. Javier Bardem – sou suspeita pra falar porque tenho toda uma tara por sotaque espanhol. Mas, olha, Javier é demás. Nem o “pior corte de cabelo da história” conseguiu tirar o charme desse homem (só pra quem viu No Country For Old Man). 1 inveja: Penélope Cruz

3. Wagner Moura – único brasileiro da lista, ganhador do prêmio borogodó deste e de todos os anos. Muitos falam de Cap./Cel. Nascimento, mas noveleira que sou, bom mesmo foi Olavo Novaes. Todo o garbo e sordidez de um vilão do Giba + o charme delicioso de Waguinho. Não tinha como dar mais certo.


2. Robert Downey Jr.– esse aí foi ganhando meu coração aos poucos. Não sei dizer exatamente quando, mas não tem muito tempo que Bob entrou na minha vida. A trajetória dele é bem parecida com a de Johnny Depp. Depois de muitos porres e algum período na prisão, amadureceu e hoje pode até ser considerado bom moço. Mas uma vez bad boy, pra sempre em nossos corações <3




 1. Heath Ledger – to nem aí se a lista é dos vivos, pra mim ele é o campeão de todo jeito. É sexy porque tem o conjunto da obra e o sorriso mais lindo de todos os tempos. Fora a vantagem de ter morrido no auge, tendo acabado de concluir sua melhor atuação e sem dar tempo de a gente ver ele embarangar, o que inevitavelmente vai acontecer com os outros.


Bônus: Colin Firth, Matt Damon, Mark Wahlberg, Hugh Jackmann, Brandon Flowers, Pierce Brosnan, Clive Owen, Anthony Kiedis e Selton Mello, o nosso eterno “bad boy fofo”    

Na falta de amor na real life, nada como um platônico. Feliz dia dos namorados, encalhados(as)!    

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Woody, minha decepção

            A minha intenção era publicar nesse post um texto sobre o quanto Woody Allen é ZZZZZzzzZZ e superestimado. Mas aí lembrei desse outro, da Patrícia, e tive vergonha de postar o meu.


~~~ deliciem-se ~~~

sábado, 28 de maio de 2011

Telecine formou meu caráter


Título auto explicativo. Estes são 3 dos melhores filmes que vi, 3 dos que eu mais recomendo.

C.R.A.Z.Y

Esse filme é a prova viva de que se a expectativa é a mãe da decepção, a falta de expectativa pode trazer a melhor das surpresas (e alguma superestimação, talvez). C.R.A.Z.Y é um anagrama do nome dos personagens, os irmãos Christian, Raymond, Antoine, Zach e Yvan. A história é basicamente focada nas relações entre o pai e os irmãos, em especial Zach, gay em uma família de valores cristãos da década de 60. Se contar mais conto tudo, mas recomendo. Nota 8,5  

Boogie Nights

Mais uma vez, na contramão das expectativas. Boogie Nights é sobre a trajetória de um astro pornô da década de 70 e, justamente por isso, tinha tudo para ser caricato ou até mesmo vulgar. O eixo da trama são os prós e os contras de uma carreira construída de forma tão meteórica, mostrada desde um início de glória até a derrocada do protagonista Dirk Diggler (Mark Wahlberg).  Nota 8
Imperdível: última cena rsrsrsrsrs (aguarde e confie)

Elefante

Lembra de “Tiros em Columbine”? Elefante é, de certa forma, a versão fictícia hollywoodiana para o massacre documentado por Michael Moore. A sinopse você já conhece, o diferencial aqui é o modo como o desenrolar da trama é feito. A partir de diferentes ângulos, a narrativa mostra o cotidiano dos alunos na escola, individualmente, para só assim dar uma visão amplificada dos conflitos, todos eles entrelaçados. Nota 8

sábado, 14 de maio de 2011

MAPA ASTRAL FOR FREE clique aqui

Já fui muito condenada por acreditar em horóscopo. Tive a inteligência subestimada e ouvi comentários do tipo “ah, não acredito que você confia nisso”. Típico de gente que confunde astrologia com charlatanismo. Gente que ME acha ignorante. Enfim.
Na vida a gente convive com todos os tipos de pessoas e é meu feeling de canceriana que me permite percebê-las logo de cara, nas menores sutilezas. A idéia deste post vem daí: do convívio, da observação.

Áries – homens arianos me atraem por um motivo que eu ainda não soube explicar. No geral, são pessoas com as quais me dou bem, mesmo que me exija muito tato por causa do gênio forte.

Touro – a maioria das minhas amigas é taurina. São muito leais, um amigo taurino é aquele que você vai levar pra vida toda. Mas há de se saber lidar com a possessão que muitas vezes pode se tornar avareza.

Gêmeos – não curto muito. Dos que conheci, nunca soube se gostavam de mim de verdade. Ora te tratam bem, ora é só patada. De inconstante já basta o meu humor.

Câncer – reconheço um semelhante de olhos fechados. É choro, é sofrimento, é emoção. Tudo muito, tudo em excesso. Nunca fui próxima de cancerianos, talvez por ter sido repelida. 

Leão – adoro leoninos. Em todas as fases da vida, tive uma grande amiga leonina. Eu tenho grande admiração por leoninos por serem exatamente aquilo que não sou: criativa, exuberante, autoconfiante. S2 pra vocês.

Virgem – não conheço muitos virginianos, mas gosto de todos que conheço. Eles têm um certo egoísmo disfarçado, mas nada que abale a amizade.

Libra – nunca tive muita paciência, hoje em dia convivo melhor. A balança é realmente uma boa metáfora: são equilibrados diplomáticos. O que dificulta mesmo é a inconstância.

Escorpião – 1 palavra? AMOR. Os escorpianos, em geral, são temidos pelos demais signos por serem vistos como vingativos e cruéis. Mas eu os amo. Conheço muitos e gosto de todos. É uma questão de empatia, de gostar de graça. Vocês estão aqui ó <3

Sagitário – uma gente muito maluca, de verdade, e em certo ponto até difícil de lidar. Mas basta compreendê-los que se tornam uns amores.

Capricórnio – puxado. Puxado demais. Os capricornianos representam tudo o que eu menos gosto em mim: são rancorosos, vingativos, pessimistas, inflexíveis. Talvez seja esse meu problema com eles. Eu me vejo neles (meu ascendente é capricórnio). Eu tenho que fazer uma força enorme pra convivência ficar no mínimo amistosa. E não passa disso.

Aquário – aquarianos me divertem. A loucura, a mente insana, gosto muito disso neles. São grandes companheiros, mas prezam sempre pela liberdade individual. Admiro.

Peixes – não fede nem cheira. São serenos, são calmos, mas são também fantasiosos e muito facilmente impressionáveis. Me parecem ser muito escorregadios, não me passam muita verdade.

Um adendo final:
O que eu fiz foram apenas generalizações. Amigo capricorniano, geminiano, canceriano e pisciano, por favor, não se ofenda.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Adeus.

          Foi bom enquanto durou, juro que foi. Não guardo mágoa, não guardo ressentimento, o que é um grande avanço pra pessoa rancorosa que sou e sempre vou ser. Das coisas que eu vivi aqui, só vai restar mesmo a saudade. Saudade do meu quartinho apertado, das velhinhas simpáticas e das balas de tamarindo.  

           Adeus Rio de Janeiro. Adeus Humaitá e sua vizinhança tão prestigiosa. E adeus, é claro, meus queridos ex futuros colegas de profissão. A vida é dura, a caminhada é longa, mas vocês são brilhantes – eu sei que são. Toda sorte do mundo pra vocês.

domingo, 1 de maio de 2011

Será que fraquejei?

Eu não corro riscos. Eu não “me jogo”. Eu sempre fiz tudo dentro dos eixos, fui a filha exemplar e tirei boas notas (defina boas notas). Talvez metódica não seja a palavra que mais me defina, mas de certa forma, eu sempre tive a vida toda programada. Na minha cabeça, tava tudo lá - e eu estava indo bem. Estava.

Mas o que que a vida fez com a minha vida? Será que sempre esteve lá e eu que não consiguia ver? Será que eu sabia que estava lá e não quis ver? Talvez sim. Eu achava que meu auto controle me faria engolir alguns (ou muitos) sapos ao longo da vida sem reclamar. Ou melhor, sem externar. Porque no fundo, no meu inconsciente, talvez, eu sabia que não ia dar certo. Eu sabia que a escolha aparentemente certa não era a verdadeiramente certa. A vida me aprontou uma trick question e eu caí mesmo ciente da pegadinha.
               
Maior ainda qua a cegueira seletiva, só o meu orgulho. E ogulho no pior sentido da palavra. Meu grande defeito, o maior, acho. Orgulho esse que me paralisa quando o que eu mais preciso é abaixar a cabeça e admitir o erro. Eu sei que não é fácil pra ninguém, voltar atrás. Mas pra mim é ainda pior, é desconcertante, é uma sensação de fracasso irremediável. Logo eu que falo com tanto *orgulho* das minhas certezas, das minhas convicções - não é tarefa das mais simples admitir momentos de volubilidade. É isso que as pessoas me cobram, é essa a expectativa que tem em relação a mim. “Ah, a Thaís é uma menina tão decida”. Como é difícil decepcionar quem a gente ama. Mãe, me desculpa, mas acho que fraquejei.

Eu nunca tinha feito nada sem pensar milhões de vezes a respeito. E acho que chegou a hora. Posso me arrepender? Posso. Mas, do fundo do coração, acho que não vou. Eu já cansei de fazer as escolhas certas que acabam não sendo as melhores escolhas. Antes um fracasso momentâneo que uma vida fracassada.