domingo, 9 de setembro de 2012

meu lado egoistinha


Eu queria que você soubesse, sabe. Acho que me faria bem. Dor compartilhada é sempre dor a menos. O fardo fica menor. E você é a dor, né? Você é o motivo de tudo isso aqui. O único homem desse mundo de merda. E mesmo com todos os milhões de defeitos que eu de olhos fechados podia enxergar, você sempre teve a melhor das qualidades. Você era você e pra mim isso bastava.

Amar cada pedacinho de você era o maior dos sonhos. Talvez ainda seja. É que sua cara e mente sujinhas ficaram apenas na lembrança. Lembrança do tempo da felicidade que não volta mais.  Mas é claro que eu tenho saudade. Saudaaaaaaaaaade, daquela arrastada que a gente fala com a boca bem cheia pra tentar disfarçar o nó na garganta.

E eu adoro falar isso aqui. Adoro escrever sobre você. Eu penso frases soltas sobre você e na minha cabeça elas se montam sozinhas, sabe. Como o encaixe perfeito dos nossos corpos. Por favor, não me deixe pensar que Susan Miller esteva errada.

Sabe do que eu gosto mais? Do meu egoísmo disfarçado de amor revelar mais uma motivação: Ninguém mais escreve coisas lindas pra você. Só eu <3

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

sobre as nossas dores

oi linda,

é difícil, né? é muito. parece que ninguém entende o que você está passando. e, olha, vou te dizer que ninguém entende mesmo. a dor de cada um é a dor de cada um. pessoal e intransferível. não deixe ninguém te convencer de que não esteja sofrendo. dói sempre, pra mim doía muito, e pra você deve ser assim também. quando é assim, quando é muito, passa a ser físico: o coração esmigalha (e a sensação é mesmo essa), o corpo não responde aos mesmos estímulos (nem chocolate desperta apetite), fica mole, pesado. e isso só você sente. 

mas, um dia, você vai sentir a necessidade de tudo isso. passar pelo sofrimento assim, da forma como está sendo, não é o que eu desejo pros meus filhos, mas foi tão importante pra mim. e vai ser pra você também. eu lembro de mim, sabe. quando, ainda em vitória, eu queria fechar os olhos e acordar num futuro distante (hoje, talvez), longe de todo aquele pesadelo. mas agora eu consigo ver a necessidade de tudo aquilo. você vai ver, confia em mim.

linda (e você é linda mesmo, não é mais força de expressão), eu descobri que certas situações tem que ser vividas - não se pode passar por essa vida inerte ao sofrimento. não dá pra fugir. não há remédio que cure prontamente a dor, talvez o tempo a enfraqueça, mas é até bom que não haja.

pra mim, passou. tá passando na verdade, ou vai passar. porque não há dor que não sei cure, ou ferimento que não possa ser estancado. e a palavrinha mágica é TEMPO. sei que é tão clichê quanto difícil - é o esperar pela incerteza - esperar por um dia que pode não chegar nunca. as horas passam como dias, os dias como semanas, as semanas como meses. a temporalidade é relativa, e você sabe, pode ser bem cruel. 

mas um dia, eu juro, a vida segue. você vai finalmente chegar ao mundo dos adultos, ao mundo de diverdádi. quanta coisa ainda há de ser vivida! a partir de agora, as cicatrizes que ainda se constroem em você irão tornar as novas experiências menos avassaladoras.

e, mais importante, e quero que você entenda bem essa parte: love heals scars love left. o meu amor, o nosso, de todas as migas e amigas, da sua família, de quem te quer bem. esse amor vai te reerguer. e vou estar aqui, como sempre estive, pra ver você linda de novo.

é isso. espero ter te ajudado. te amo demais e tou chorando demais também. vem logo pro rio. quero te dar uma abraço.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Cantinho da confissão

Gostaria de compartilhar com vocês que hoje eu vi a criança mais linda de todas as crianças do mundo. A neni ainda de chamava Catarina. SIM, o nome da minha filha. Conversei com a babá, deixei que ela passasse na frente na fila do supermercado e fui pra casa imaginando se um dia a minha Cata vai ser tão linda quanto essa menina (que por sinal era bem parecida comigo quando pequena). Fim

É o meu jeitinho

     Eu queria ter um tempo pra conversar com você e explicar melhor toda essa situação. Porque eu sou assim, e você sabe, eu despejo as coisas sobre as pessoas e não penso nas consequências. Não pensei em como você ia receber tudo isso. 


      A minha preocupação era - e acho que sempre é, em todos os casos - tirar o peso de um problema das minhas costas e compartilhar. Do tipo, se vira aí, lida com isso. Essa minha mania de contar tudo, contar sempre muito, acaba fazendo com que eu pareça estar deixando a calcinha aparecendo o tempo todo, pra todo mundo ver. Eu expus uma questão antiga (antiga sim, pelo menos na minha cabeça) e imagino como foi difícil pra você ouvir tudo aquilo. Mas também tem sido muito difícil conviver com a insegurança e a falta de confiança durante esse tempo todo. 


        Você sabe que eu te adoro e você não imagina como essa questão tá martelando na minha cabeça noite e dia desde sábado. Mas eu ainda preciso de mais tempo pra formular tudo. Formular as minhas próprias questões, dentro de mim, e entender o que se passa comigo. 


       Espero que você entenda e me perdoe se em algum momento se sentiu ferida pelo o que eu disse. Pela maneira com que foi dito. 



       Talvez eu esteja ampliando essa situação toda, criando um circo que só existe na minha cabeça mas enfim, isso você sabe, é o meu jeitinho. Um beijo.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Lamento tanto


Lembrando do meu pedido do ano novo enquanto passo mais uma noite tomando meu capuccino solúvel e ouvindo isto aqui àhttp://www.youtube.com/watch?v=YXKD12e2u2w 

O bronzeado só durou o suficiente – no último date eu já descascava – e em casa eu tirava as camadas fininhas da pele lembrando que um dia você já o fizera enquanto dizia que ia passar protetor em mim da próxima vez. Mas agora é quase inverno e eu já estou branca novamente.   

Não te culpo pelos sonhos que construí sem que você ao menos soubesse. Eu estava ali sozinha, sempre estive, com a imagem perfeita que construí pra você, mas nunca com você. “Você não me conhece”, eu disse. Eu estava certa. E eu lamento tanto. Você foi o meu príncipe encantado sem que não nos conhecêssemos. 

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Linda

Foi agora, horas depois de saber da notícia. O clichê do “a ficha caiu” me invadiu arrebatadoramente. Estou aqui aos prantos, incrédula, inerte diante da dor. A diva das divas nos deixou, mas como diria nosso amado e também prematuramente levado embora Heath Ledger, ela permanece viva, presente na sua obra. Obrigada, Whitney. Descanse em paz.


quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Quando não vale a pena o esforço

                É difícil falar sobre sem entrar no lugar comum do “fight for or let go”. Por meses a fio planos e mais planos foram traçados e como resultado só tive: dor de cabeça. E se o stalk foi, e foi MESMO, a arma mais poderosa, foi também a mais destrutiva – sempre muito material pouco escondido a ser descoberto de alguém que, assim como eu, mora na internet.
               
                O problema é que não foi real. Não na realidade palpável, aquela que a gente conhece. Tudo sim fez muito sentido, mas daqui de longe, do reino dos amores impossíveis que cultivo com tanto carinho.
                
               Estou tentando não encarar como um fracasso. Não a questão não é essa. Não fraquejei porque não desisti. O que não posso é continuar empreendendo todo meu tempo e energia com alguém que não faz o mesmo por mim. Sentimento só com reciprocidade; bom mesmo é ser correspondido.